segunda-feira, 31 de maio de 2010

Aprende-se






















Depois de um certo tempo a gente aprende...
a sutil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma...
e você aprende que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança.
E começa a aprender que beijos não são contratos e presentes não são promessas.
E começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança.

E aprende a construir todas as suas estradas hoje, porque no terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vôo.
Depois de um tempo você aprende que o sol queima se ficar exposto por muito tempo.

Aprende que não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam e aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo...
de vez em quando e, você precisa perdoa-la por isso....

Aprende que falar pode aliviar dores emocionais.
Descobre que leva-se anos para construir confiança e apenas segundos para destrui-la, e que você pode fazer coisas em um instante das quais se arrepender pelo resto da vida.

Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longa distância ...
e o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem da vida.
E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher.
Aprende que não temos que mudar de amigos se compreendermos que os amigos mudam,
percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos.
Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa ,por isso, sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas, pois pode ser a última vez que as vejamos.

Aprende que as circunstâncias e os ambientes têm influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos.
Começa a aprender que não se deve comparar com os outros, mas com o melhor que pode ser.

Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que quer ser e que o tempo é curto.
Aprende que não importa onde já chegou, mas onde esta indo, mas se você não sabe para onde esta indo, qualquer lugar serve.
Aprende que, ou você controla seus atos ou eles o controlam, e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e
frágil seja uma situação, sempre existem dois lados.
Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando conseqüências.

Aprende que paciência requer pratica.
Descobre que algumas vezes a pessoa que você espera que o chute quando você cai, é uma das poucas que o ajudam a levantar-se.

Aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e que você aprendeu com elas, do que com quantos aniversários você celebrou.

Aprende que há mais dos seus pais do que você supunha.

Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens, poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se elas acreditassem nisso.
Aprende que quando esta com raiva tem direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel.

Descobre que se porque alguém não ama do jeito que você quer que ame, não significa que esse alguém não ama com tudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas
simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso.
Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por perdoar-se a si mesmo.
Aprende que com a mesma severidade com que julga, você será em algum momento, condenado.
Aprende que não importa em quantos pedaços o seu coração foi partido, o mundo não pára para que você o conserte.
Aprende que o tempo não é algo que possa voltar atrás portanto, plante seu jardim e decore sua alma, ao invés de esperar que alguém lhe traga flores.
E você aprende que realmente pode suportar que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não pode mais.
E que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida !!!

W. Shakespeare.

O que já fiz...

"Já acreditei em amores perfeitos,
Já descobri que eles não existem...
Já amei pessoas que me decepcionaram,
Já decepcionei pessoas que me amaram...
Já passei horas na frente do espelho
Tentando descobrir quem sou,
Já tive tanta certeza de mim,
Ao ponto de querer sumir...
Já menti e me arrependi depois,
Já falei a verdade
E também me arrependi...
Já sorri chorando lágrimas de tristeza,
Já chorei de tanto rir...
Já acreditei em pessoas que não valiam a pena,
Já deixei de acreditar nas que realmente valiam...
Já tive crises de riso quando não podia...
Muitas vezes deixei de falar o que penso para agradar uns,
Outras vezes falei o que não pensava para magoar outros...
Já senti muita falta de alguém,
Já gritei quando deveria calar,
Já calei quando deveria gritar...
Já penas para ver um amigo mais feliz...
Já inventei histórias de final feliz
Para dar esperança a quem precisava...
Já sonhei demais,
Ao ponto de confundir com a realidade...
Já tive medo do escuro,
Hoje no escuro "consigo ver a luz dentro de mim"...
Já caí inúmeras vezes
Achando que não iria me reerguer,
Já me reergui inúmeras vezes
Achando que não cairia mais...
Já corri atrás de um carro,
Por ele levar alguém que eu amava embora.
Já chamei pelo pai no meio da noite
Fugindo de um pesadelo,
Mas ele não apareceu
E foi um pesadelo maior ainda...
Já chamei pessoas próximas de "amigo"
E descobri que não eram;
Algumas pessoas nunca precisei chamar de nada
E sempre foram e serão especiais para mim...
Não me dêem formulas certas,
Porque eu não espero acertar sempre...
Não espere de mim nada pois sou livre para ser eu mesma.
Porque vou seguir meu coração!...
Não sei amar pela metade,amo a todos igualmente e intensamente.
Não sei viver de mentiras,não espere que eu minta,não aceito mentiras.
A partir de hoje sou sempre eu mesma...buscando as respostas nos lugares mais improváveis...


sábado, 29 de maio de 2010

Pequeno tratado sobre a mortalidade do amor



Todos os dias morre um amor. Quase nunca percebemos, mas todos os dias morre um amor. Às vezes de forma lenta e gradativa, quase indolor, após anos e anos de rotina. Às vezes melodramaticamente, como nas piores novelas mexicanas, com direito a bate-bocas vexaminosos, capazes de acordar o mais surdo dos vizinhos. Morre em uma cama de motel ou em frente à televisão de domingo. Morre sem beijo antes de dormir, sem mãos dadas, sem olhares compreensivos, com gosto de lágrima nos lábios. Morre depois de telefonemas cada vez mais espaçados, cartas cada vez mais concisas, beijos que esfriam aos poucos. Morre da mais completa e letal inanição.

Todos os dias morre um amor. Às vezes com uma explosão, quase sempre com um suspiro. Todos os dias morre um amor, embora nós, românticos mais na teoria do que na prática, relutemos em admitir. Porque nada é mais dolorido do que a constatação de um fracasso. De saber que, mais uma vez, um amor morreu. Porque, por mais que não queiramos aprender, a vida sempre nos ensina alguma coisa. E esta é a lição: amores morrem.

Todos os dias um amor é assassinado. Com a adaga do tédio, a cicuta da indiferença, a forca do escárnio, a metralhadora da traição. A sacola de presentes devolvidos, os ponteiros tiquetaqueando no relógio, o silêncio ensurdecedor depois de uma discussão: todo crime deixa evidências.

Todos nós fomos assassinos um dia. Há aqueles que, feito Lee Harvey Oswald, se refugiam em salas de cinema vazias. Ou preferem se esconder debaixo da cama, ao lado do bicho-papão. Outros confessam sua culpa em altos brados, fazendo de pinico os ouvidos de infelizes garçons. Há aqueles que negam, veementemente, participação no crime, e buscam por novas vítimas em salas de chat ou pistas de danceteria, sem dor ou remorso. Os mais periculosos aproveitam sua experiência de criminosos para escrever livros de auto-ajuda com nomes paradoxais como "O Amor Inteligente", ou romances açucarados de banca de jornal, do tipo "A Paixão Tem Olhos Azuis", difundindo ao mundo ilusões fatais aos corações sem cicatrizes.

Existem os amores que clamam por um tiro de misericórdia: corcéis feridos.

Existem os amores-zumbis, aqueles que se recusam a admitir que morreram. São capazes de perdurar anos, mortos-vivos sobre a Terra teimando em resistir à base de camas separadas, beijos burocráticos, sexo sem tesão. Estes não querem ser sacrificados, e, à semelhança dos zumbis hollywoodianos, também se alimentam de cérebros humanos, definhando paulatinamente até se tornarem laranjas chupadas.

Existem os amores-vegetais, aqueles que vivem em permanente estado de letargia, comuns principalmente entre os amantes platônicos que recordarão até o fim de seus dias o sorriso daquela ruivinha da 4a. série, ou entre fãs que até hoje suspiram em frente a um pôster do Elvis Presley (e, pior, da fase havaiana). Mas titubeio em dizer que isso possa ser classificado como amor (Bah, isso não é amor. Amor vivido só do pescoço pra cima não é amor).

Existem, por fim, os amores-fênix. Aqueles que, apesar da luta diária pela sobrevivência, das contas a pagar, da paixão que escasseia com o decorrer dos anos, da TV ligada na mesa-redonda ao final do domingo, das calcinhas penduradas no chuveiro e das brigas que não levam a nada, ressuscitam das cinzas a cada fim de dia e perduram - teimosos, e belos, e cegos, e intensos. Mas estes são raríssimos, e há quem duvide de sua existência. Alguns os chamam de amores-unicórnio, porque são de uma beleza tão pura e rara que jamais poderiam ter existido, a não ser como lendas. Mas não quero acreditar nisso.

Um dia vou colocar um anúncio, bem espalhafatoso, no jornal.

PROCURA-SE: AMOR-FÊNIX

sexta-feira, 28 de maio de 2010


Meus amigos são todos assim: metade loucura, outra metade santidade.
Escolho-os não pela pele, mas pela pupila,
que tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.
A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos.
Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo.
Deles não quero resposta, quero meu avesso.
Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.
Para isso, só sendo louco.
Quero-os santos, para que não duvidem das diferenças
e peçam perdão pelas injustiças.
Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta.
Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria.
Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto.
Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade.
Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.
Pena, não tenho nem de mim mesmo, e risada, só ofereço ao acaso.
Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem,
mas lutam para que a fantasia não desapareça.
Não quero amigos adultos nem chatos.
Quero-os metade infância e outra metade velhice!
Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto;
e velhos, para que nunca tenham pressa.
Tenho amigos para saber quem eu sou, pois os vendo loucos e santos,
bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que
"normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril...

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Difícil querer definir amigo...



"Amigo é quem te dá um pedacinho do chão, quando é de terra firme que você precisa, ou um pedacinho do céu, se é o sonho que te faz falta.

Amigo é mais que ombro amigo, é mão estendida, mente aberta, coração pulsante, costas largas.

É quem tentou e fez, e não tem o egoísmo de não querer compartilhar o que aprendeu.

É aquele que cede e não espera retorno, porque sabe que o ato de compartilhar um instante qualquer contigo já o realimenta, satisfaz.

É quem já sentiu ou um dia vai sentir o mesmo que você.

É a compreensão para o seu cansaço e a insatisfação para a sua reticência.

É aquele que entende seu desejo de voar, de sumir devagar, a angústia pela compreensão dos acontecimentos, a sede pelo 'por vir'.

É ao mesmo tempo espelho que te reflete, e óleo derramado sobre suas águas agitadas.

É quem fica enfurecido por enxergar seu erro, querer tanto o seu bem e saber que a perfeição é utopia. É o sol que seca suas lágrimas, é a polpa que adocica ainda mais seu sorriso.

Amigo é aquele que toca na sua ferida numa mesa de chopp, acompanha suas vitórias, faz piada amenizando problemas.

É quem tem medo, dor, náusea, cólica, gozo, igualzinho a você. É quem sabe que viver é ter história pra contar.

É quem sorri pra você sem motivo aparente, é quem sofre com seu sofrimento, é o padrinho filosófico dos seus filhos. É o achar daquilo que você nem sabia que buscava.

Amigo é aquele que te lê em cartas esperadas ou não, pequenos bilhetes em sala de aula, mensagens eletrônicas emocionadas.

É aquele que te ouve ao telefone mesmo quando a ligação é caótica, com o mesmo prazer e atenção que teria se tivesse olhando em seus olhos.

Amigo é multimídia. Olhos... amigo é quem fala e ouve com o olhar, o seu e o dele em sintonia telepática.

É aquele que percebe em seus olhos seus desejos, seus disfarces, alegria, medo.

É aquele que aguarda pacientemente e se entusiasma quando vê surgir aquele tão esperado brilho no seu olhar, e é quem tem uma palavra sob medida quando estes mesmos olhos estão amplificando tristeza interior.

É lua nova, é a estrela mais brilhante, é luz que se renova a cada instante, com múltiplas e inesperadas cores que cabem todas na sua íris.

Amigo é aquele que te diz 'eu te amo', sem qualquer medo de má interpretação.

A amigo é quem te ama 'e ponto'. É verdade e razão, sonho e sentimento.

Amigo é pra sempre, mesmo que o sempre não exista."

ALGUMAS MANEIRAS DE FAZER ALGUÉM FELIZ...



Dê um beijo...
Um abraço...
Um passo em sua direção.
Aproxime-se sem cerimônia.
Dê um pouco de calor, do seu sentimento.
Sente-se perto e fique por algum tempo.
Não conte o tempo de se doar.
Liberte um imenso sorriso.
Rasgue o preconceito
Olhe nos olhos...
Aponte um defeito, mas com jeito.
Respeite uma lágrima.
Ouça uma história ou muitas, com atenção.
Escreva uma carta e mande.
Irradie simplicidade, simpatia, energia.
Num toque de três dedos, observe as “coincidências”.
Não espere ser solicitado, preste um favor.
Lembre-se de um caso.
Converse sério ou fiado.
Conte uma piada.
Ache graça.
Ajude a resolver um problema.
Pergunte: Por quê? Como vai?
Como tem passado?
Que tem feito de bom?
Que há de novo? E preste atenção...
Sugira um passeio, um bom livro, um bom filme...
Diga de vez em quando, desculpe, muito obrigado,
Não tem importância, que há de se fazer, dá-se um jeito.
Tente de alguma maneira ...

E não se espante se a pessoa mais feliz for você!!!

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Recomeçar


Não importa onde você parou...
em que momento da vida você cansou...
o que importa é que sempre é possível e necessário
"Recomeçar".

Recomeçar é dar uma nova chance a si mesmo...
é renovar as esperanças na vida e o mais importante...
acreditar em você de novo.

Sofreu muito nesse período?
foi aprendizado...

Chorou muito?
foi limpeza da alma...

Ficou com raiva das pessoas?
foi para perdoá-las um dia...

Sentiu-se só por diversas vezes?
É por que fechaste a porta até para os anjos...

Acreditou que tudo estava perdido?
Era o início da tua melhora...

Pois é...agora é hora de reiniciar...de pensar na luz...
de encontrar prazer nas coisas simples de novo.

Que tal um novo emprego? Uma nova profissão?
Um corte de cabelo arrojado... diferente?
Um novo curso... ou aquele velho desejo de aprender a
pintar... desenhar... dominar o computador...
ou qualquer outra coisa...

Olha quanto desafio...
quanta coisa nova nesse mundão de meu Deus te esperando.

Tá se sentindo sozinho? besteira...
tem tanta gente que você afastou com
o seu "período de isolamento"...
tem tanta gente esperando apenas um sorriso teu
para "chegar" perto de você.

Quando nos trancamos na tristeza...
nem nós mesmos nos suportamos...
ficamos horríveis... o mal humor vai comendo nosso fígado...
até a boca fica amarga.

Recomeçar...
hoje é um bom dia para começar novos desafios.

Onde você quer chegar?
Vá alto... sonhe alto... queira o melhor do melhor...
queira coisas boas para a vida...
pensando assim trazemos prá nós aquilo que desejamos...

Se pensamos pequeno... coisas pequenas teremos...
já se desejarmos fortemente o melhor e
principalmente lutarmos pelo melhor...
o melhor vai se instalar na nossa vida.

E é hoje o dia da faxina mental...
jogar fora tudo que te prende ao passado...
ao mundinho de coisas tristes...
fotos... peças de roupa, papel de bala...
ingressos de cinema... bilhetes de viagens...
e toda aquela tranqueira que guardamos
quando nos julgamos apaixonados...

jogue tudo fora... mas principalmente...
esvazie seu coração... fique pronto para a vida...
para um novo amor...

Lembre-se somos apaixonáveis...
somos sempre capazes de amar muitas
e muitas vezes... afinal de contas...
Nós somos o "Amor"...


Paulo Roberto Gaefke

Amar Bonito




Talvez seja tão simples, tolo e natural que você nunca tenha parado para pensar:

Aprenda a fazer bonito seu amor.

Ou fazer o seu amor ser ou ficar bonito.

Aprenda, apenas, a tão difícil arte de amar bonito.

Gostar é tão fácil que ninguém aceita aprender...

Tenho visto muito amor por aí.

Amores mesmo: bravios, gigantescos, descomunais, profundos, sinceros, cheios de entrega, doação e dádiva.

Mas esbarram na dificuldade de se tornar bonitos.

Apenas isso: bonitos, belos ou embelezados, tratados com carinho, cuidado e atenção.

Amores levados com arte e ternura de mãos jardineiras.

Aí, esses amores que são verdadeiros, eternos e descomunais, de repente se percebem ameaçados e tão somente porque não sabem ser bonitos: cobram, exigem, rotinizam,descuidam, reclamam, deixam de compreender, necessitam mais do que oferecem, precisam mais do que atendem, enchem-se de razões.
Sim, de razões.

Ter razão é o maior perigo no amor.

Quem tem razão sempre se sente no direito (e o tem) de reivindicar, de exigir justiça, equidade, equiparação, sem atinar que o que está sem razão talvez passe por um momento de sua vida no qual não possa ter razão.

Nem queira!!!

Ter razão é um perigo: em geral, enfeia um amor, pois é invocado com justiça, mas na hora errada.

Amar bonito é saber a hora de ter razão.

Ponha a mão na consciência. Você tem certeza de que está fazendo o seu amor bonito?

De que está tirando do gesto, da ação, da reação, do olhar, da saudade, da alegria do encontro, da dor do desencontro a maior beleza possível?

Talvez não.

Cheio ou cheia de razões, você separa do amor apenas aquilo que é exigido por suas partes necessitadas, quando talvez dele devesse pouco esperar, para valorizar melhor tudo de bom que de vez em quando ele pode trazer.

Quem espera mais do que isso sofre e, sofrendo, deixa de amar bonito.

Sofrendo, deixa de ser alegre, igual, irmão, criança.

E sem soltar a criança, nenhum amor é bonito.

Não tema o romantismo. Derrube as cercas da opinião alheia.

Faça coroas de margaridas e enfeite a cabeça de quem você ama.

Saia cantando e olhe alegre.

Recomenda-se: encabulamentos, ser pego em flagrante gostando, não se cansar de olhar e olhar, não atrapalhar a convivência com teorizações, adiar sempre se possível com beijos 'aquela conversa importante que precisamos ter', arquivar, se possível, as reclamações pela pouca atenção recebida.

Para quem ama, toda atenção é sempre pouca.

Quem ama feio não sabe que pouca atenção pode ser toda a atenção possível.

Quem ama bonito não gasta tempo dessa atenção cobrando a que deixou de ter.

Não teorize sobre o amor (deixe isso para nós, pobres escritores que vemos a vida como criança de nariz encostado na vitrine cheia de brinquedos dos nossos sonhos); não teorize sobre o amor, ame.

Siga o destino dos sentimentos aqui e agora.

Não tenha medo exatamente de tudo o que você teme, como: a sinceridade, abrir o coração, contar a verdade do tamanho do amor que sente; não dar certo e depois vir a sofrer (sofrerá de qualquer jeito).

Jogue pro alto todas as jogadas, estratagemas, golpes, espertezas, atitudes sabiamente eficazes (não é sábio ser sabido): seja apenas você no auge de sua emoção e carência, exatamente aquele você que a vida impede de ser.

Seja você cantando desafinado, mas todas as manhãs.

Falando besteiras, mas criando sempre.

Gaguejando flores.

Sentindo o coração bater como no tempo do Natal infantil.

Revivendo os caminhos que intuiu em criança.

Sem medo de dizer eu quero, eu estou com vontade.

Deixe o seu amor ser a mais verdadeira expressão de tudo que você é.

Se o amor existe, seu conteúdo já é manifesto.

Não se preocupe mais com ele e suas definições.

Cuide agora da forma do amor:

Cuide da voz.

Cuide da fala.

Cuide do cuidado.

Cuide de você.

Ame-se o suficiente para ser capaz de gostar do amor e só assim poder começar a tentar fazer o outro feliz.

Artur da Távola

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Seu Cheiro



"Tem gente que tem cheiro de passarinho quando canta.
De sol quando acorda... de flor quando ri.
Ao lado delas, a gente se sente no balanço de uma rede
que dança gostoso numa tarde grande,
sem relógio e sem agenda.

Ao lado delas, a gente se sente comendo pipoca na praça.
Lambuzando o queixo de sorvete.
Melando os dedos com algodão doce da cor mais doce
que tem pra escolher.
O tempo é outro...
E a vida fica com a cara que ela tem de verdade,
mas que a gente desaprende de ver.

Tem gente que tem cheiro de colo de Deus.
De banho de mar quando a água é quente e o céu é azul.
Ao lado delas, a gente sabe que os anjos existem
e que alguns são invisíveis...
Ao lado delas, a gente se sente chegando em casa
e trocando o salto pelo chinelo...
Sonhando a maior tolice do mundo
com o gozo de quem não liga pra isso.
Ao lado delas, pode ser abril ...
mas parece manhã de Natal
do tempo em que a gente acordava
e encontrava o presente do Papai Noel.

Tem gente que tem cheiro das estrelas
que Deus acendeu no céu e daquelas
que conseguimos acender na Terra.
Ao lado delas, a gente não acha que o amor é possível,
a gente tem certeza!!!
Ao lado delas, a gente se sente visitando
um lugar feito de alegria.
Recebendo um buquê de carinhos.
Abraçando um filhote de urso panda.
Tocando com os olhos os olhos da paz.
Ao lado delas, saboreamos a delícia do toque suave
que sua presença sopra no nosso coração.

Tem gente que tem cheiro de cafuné sem pressa.
Do brinquedo que a gente não largava.
Do acalanto que o silêncio canta.
De passeio no jardim.
Ao lado delas, a gente percebe
que a sensualidade é um perfume
que vem de dentro
e que a atração que realmente nos move
não passa só pelo corpo.
Corre em outras veias...
Pulsa em outro lugar...
Ao lado delas, a gente lembra
que no instante em que rimos
Deus está conosco, juntinho ao nosso lado.
E a gente ri grande
que nem criança arteira...

Tem gente que tem cheiro de festa...
De momentos felizes...
De sonhos compartilhados...
e amores perfeitos...

Esse é o seu cheiro...
que sinto em meus cabelos
Depois de abraçar você..."

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Infância...Tempo de Inocência



É o amanhecer da vida,
Quando tudo é maravilhoso.
Ela começa quando nascemos e termina quando crescemos.
É um pequeno grande mundo de sonhos e desejos...
de súbitas amizades...
e curtas tristezas.
É o tempo de degraus altos e ... pés pequenos.
É alegria... e risos...
e crer em tudo.
A infância é o mágico refúgio dos sonhos...
onde tudo é possível
e o melhor está apenas começando.
É um tempo sem tempo...
onde os minutos não contam
e as horas passam repletas de felicidade.
A infância é conhecer o mundo lá fora

É correr... e alcançar
É tocar... e ver
É sentir... e ouvir...
e aprender...
mas acima de tudo é crescer.

A infância existe quando somos jovens
São as horas felizes
os sonhos que passam
o encantador tempo da inocência
que será parte de nós...
Para Sempre!!!

sábado, 15 de maio de 2010

Ser como o Rio que Flui...


" Senhor, protegei as nossas dúvidas, porque a dúvida é uma forma de orar. É ela que nos faz crescer, porque nos obriga a olhar sem medo para muitas respostas de uma mesma pergunta. E, para que isto seja possível...protegei as nossas decisões, porque a decisão é uma maneira de orar.
Dai-nos coragem para que, depois da dúvida, sermos capazes de escolher entre um caminho e outro. Que o nosso SIM seja sempre um SIM, e o nosso NÃO seja sempre um NÃO. Que, uma vez escolhido o caminho, jamais olhemos para trás, nem deixemos que nossa alma seja roída pelo remorso.
E, para que isto seja possível, Senhor, protegei as nossas ações, porque a ação é uma maneira de orar. Fazei com que o pão nosso de cada dia seja fruto do melhor que levamos dentro de nós mesmos. Que possamos, além do trabalho e da Ação, compartilhar um pouco do amor que recebemos. E, para que isto seja possível,
Senhor, protegei os nossos sonhos, porque o Sonho é uma maneira de orar. Fazei com que, independentemente de nossa idade ou de nossa circunstância, sejamos capazes de manter acesa no coração a chama da esperança e da perseverança. E, para que isso seja possível,
Senhor, protegei-nos, porque a Vida é a única maneira que temos para manisfestar o Teu Milagre.
Que a terra continue transformando a semente em trigo, que nós continuemos transmutando o trigo em pão.
E isto só é possível se tivermos Amor - portanto, nunca nos deixe em solidão.
Dai-nos sempre a Tua companhia, e a companhia de homens e mulheres que têm dúvidas, agem, sonham, se entusiasmam, e vivem como se cada dia fosse totalmente dedicado à Tua glória..."


Paulo Coelho

"... não importa qual seja o poder de Deus, o primeiro aspecto de Deus jamais é do Senhor absoluto, do Todo-Poderoso. É o do Deus que se coloca no nosso nível humano e se limita..."

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Os melhores momentos


Apaixonar-se
Rir até doer a barriga
Encontrar milhares de emails dos amigos quando abres o correio
Passear por algum lugar lindo
Escutar a canção favorita na rádio
Deitar na cama e ouvir a chuva lá fora
Sair do banho e ver que não esqueceu a toalha
Receber uma chamada de alguém que não vês ha muito tempo
Uma boa conversa
Encontrar dinheiro numa calça que não vestia desde o ano passado
Rir de ti mesmo
Chamadas a meia noite que duram horas
Rir sem motivos
Escutar acidentalmente que alguém fala bem de ti
Acordar e dar conta que ainda podes dormir um par de horas
Escutar a canção que te recorda "essa" pessoa especial
Fazer parte de uma boa equipe
O primeiro beijo

A primeira vez de algo significativo
Fazer novos e bons amigos
Sentir cócegas na barriga cada vez que vês a "tal" pessoa
Passar um bocado com os melhores amigos
Ver felizes as pessoas que amas
Usar a camisa da pessoa que gostas e sentir o seu perfume
Ver um velho amigo e sentir que as coisas não mudaram
Olhar um pôr do sol
Ter com quem contar, rir e chorar dos momentos vividos juntos...
Ter alguém que diga que te ama do jeito que você realmente é...



" Procure ver o mundo como um grande aprendizado de amor, e não fique lutando contra aquilo que acontece em sua vida. Não reclame por precisar estar sempre atento, ser obrigado a viver em ambientes mesquinhos, cruzando com almas pouco desenvolvidas.
Essa foi a maneira que Deus encontrou para você praticar.
E não se assuste com as tentações. Não se surpreenda com o fato de elas estarem sempre à sua volta, e não se afastarem - apesar de tanto esforço e tanta prece. É dessa maneira que Deus trabalha sua alma.
Tudo isso lhe está ensinando a ser paciente, humilde, generoso, entregue, delicado, tolerante. Não afaste a Mão que esculpe sua imagem, porque essa Mão também mostra o seu caminho.
Esteja certo de que você está ficando mais belo a cada minuto que passa - e, de que, embora não perceba, dificuldades e tentações são ferramentas utilizadas por Deus.
Lembre-se das palavras de Goethe: " O talento se desenvolve na solidão; o caráter no rio da vida".
O talento se desenvolve na solidão; a prece, a Fé, a meditação, a visão clara da vida. Mas o caráter só pode crescer se fizermos parte do mundo.
Porque é no mundo que aprendemos a amar..."

O Dom Supremo


No final do século passado, um jovem e desconhecido missionário ( Henry Drummond) acaba substituindo um famoso e consagrado pastor que por ter passado varios meses em pregação estava se sentindo vazio, e não tinha sido tocado pela presença de Deus naquela tarde. Triste por não ter o que falar virou-se para o jovem missionário que há pouco retornara da África e talvez tivesse algo para dizer, pediu para o jovem lhe substituir.
Este por sua vez pegou a Bíblia e mesmo sentindo a decepção dos presentes pediu para que o acompanhassem na carta que Paulo escreveu aos Corinthios sobre o Dom Supremo do amor, o jovem começa a distrinchar cada parte da epístola, explicando o significado do amor em cada uma de suas faces, esclarece de uma forma bem clara os 9 componentes do amor segundo a carta: o amor é paciência, bondade, generosidade, humildade, delicadeza, entrega, tolerância, inocência, sinceridade.
Enfim, esclarece que estas coisas compõe o Bem Supremo, estão na alma do homem que quer estar presente no mundo e próximo de Deus, todos estes dons estão relacionados com a gente, com a vida diária, com o hoje e com a eternidade
o dom supremo não é apenas um dom em si , mas a soma de varias atitudes e palavras de nosso dia-a-dia.

E para finalizar ele deixou uma máxima que para mim foi o que teria de melhor para fechar o livro...

Ele faz três perguntas:

Quem é cristo?

"É aquele que alimentou os pobres, vestiu os nús e visitou os doentes."

Onde está Cristo?

Todo aquele que receber uma criancinha destas em seu nome, também me recebe .

E quem esta com Cristo?

"Aquele que ama....!!!!!!!"

quinta-feira, 13 de maio de 2010




"Existe várias maneiras de amar.....e podemos amar várias coisas e pessoas ao mesmo tempo.

E aqui no meu peito existe uma para amar você.....de uma maneira que nem eu mesma consigo entender e muito menos explicar...."

domingo, 9 de maio de 2010

Na Margem do Rio Piedra ...



Eu me sentei e chorei.

Conta a lenda que tudo que cai nas águas deste rio - as folhas, os insetos, as penas das aves - se transforma nas pedras do seu leito.


Ah, quem dera eu pudesse arrancar o coração do meu peito e atira-lo na correnteza, e então não haveria mais dor, nem saudade, nem lembranças.

Nas margens do rio Piedra eu me sentei e chorei.

O frio do inverno fez com que eu sentisse as lágrimas em meu rosto, e elas se misturaram com as aguas geladas que correm diante de mim.

Em algum lugar este rio se junta com outro, depois com outro, até que - distante dos meus olhos e do meu coração - todas estas águas se misturam com o mar.

Que as minhas lágrimas corram assim para bem longe, para que meu amor nunca saiba que um dia chorei por ele. Que minhas lágrimas corram para bem longe, e então eu esquecerei do rio Piedra, do mosteiro, da igreja nos Pirineus, da bruma, dos caminhos que percorremos juntos.

Eu esquecerei as estradas, as montanhas, e os campos de meus sonhos - sonhos que eram meus, e que eu não conhecia."

Parece ter acontecido a tanto tempo, e no entanto faz dias que reencontrei o meu amado e tive certeza de que o perdi...Nas margens de um rio escrevi este desabafo. Lembrei-me daquele poema que diz: "Talvez o amor nos faça envelhecer antes da hora, e nos torna jovens quando a juventude passa..." Às vezes penso que eu sofro por pensar muito em você, mas como não recordar aqueles momentos?? Por isso escrevi: Para transformar a tristeza em saudade, a solidão em lembranças para que quando eu terminar de escrever lançar nas águas escuras e frias de um rio...
Escrevo com sinceridade e tenho certeza de que o que o fogo escreve as águas jamais apagarão...

Paulo Coelho

É preciso correr riscos...




"É preciso correr riscos... Só entendemos direito o milagre da vida quando deixamos que o inesperado aconteça.
Todos os dias Deus nos da junto com o sol - um momento que é possível mudar tudo o que nos deixa infelizes.
Todos os dias procuramos fingir que não percebemos este momento, que ele não existe, que hoje é igual a ontem e será igual a amanhã. Mas quem presta atenção ao seu dia, descobre o instante mágico. Ele pode estar escondido na hora em que enfiamos a chave na porta pela manhã, no instante de silêncio logo após o jantar, nas mil e uma coisas que nos parecem iguais.
Este momento existe - um momento em que toda a força das estrelas passa por nós, e nos permite fazer milagres.
A felicidade as vezes é uma benção, mas geralmente é uma conquista.
O instante mágico do dia nos ajuda a mudar, nos faz ir em busca de nossos sonhos.
vamos sofrer, vamos ter momentos difíceis, vamos enfrentar muitas desilusões - mas tudo é passageiro, e não deixa marcas. E, no futuro, podemos olhar para trás com orgulho e fé.
Pobre de quem teve medo de correr os riscos. Porque este talvez não se decepcione nunca, nem tenha desilusões, nem "sofra" como aqueles que tem um sonho a seguir.
Mas quando olhar para trás - porque sempre olhamos para tras - vai escutar seu coração dizendo :'o que fizeste com os talentos que teu mestre te confiou?'
Enterraste fundo em uma cova, porque tinhas medo de perdê-los. "Então esta é tua herança: a certeza de que desperdiçaste tua vida"
Pobre de quem escuta estas palavras. porque então acreditará em milagres, mas os instantes magicos da vida já terão passado."

Paulo Coelho
Na margem do Rio Piedra eu sentei e chorei

sexta-feira, 7 de maio de 2010

" Despedida de um Gênio"



" Se por um instante Deus se esquece-se de que sou uma marioneta de trapos e me presenteasse com um pedaço de vida eu aproveitaria esse tempo o mais que pudesse...
Possivelmente não diria tudo o que penso, mas definitivamente pensaria tudo o que digo...
Daria valor as coisas, não por aquilo que valem mais pelo que significam...
Dormiria pouco, sonharia mais...porque entendo que por cada minuto que fechamos os olhos perdemos sessenta segundos de luz...
Andaria quando os demais se detivessem, acordaria quando os demais dormissem...
Se Deus me presenteasse com um pedaço de vida deitava-me ao sol deixando descoberto não só o meu corpo como também a minha alma...
Aos homens eu provaria quão equivocados estão ao pensar que deixam de se enamorar quando envelhecem sem saberem que envelhecem quando deixam de se enamorar...
A um menino eu daria-lhe asas e apenas lhe pediria que aprendesse a voar...
Aos velhos ensinaria que a morte não chega com o fim da vida mais sim com o esquecimento...
Tantas coisas aprendi com vós homens...
Aprendi que todo o mundo quer viver no cima da montanha sem saber que a verdadeira felicidade está na forma de subir a escarpa...
Aprendi que quando um recém nascido aperta com sua pequena mão, pela primeira vez o dedo do seu pai, agarrou-o para sempre...
Aprendi que um homem só tem direito a olhar o outro de cima para baixo quando está a ajudá-lo a levantar-se...
São tantas as coisas que pude aprender com vocês, mas agora , realmente de pouco me irão servir, porque quando me guardarem dentro dessa caixa infelizmente estarei morrendo...
Sempre diz o que sentes e faz o que pensas...
Supondo que hoje seria a última vez que te vou ver dormir, te abraçaria fortemente e rezaria ao Senhor para poder ser o guardião da sua alma...
Supondo que estes são os últimos minutos que te vejo, diria-te "Amo-te" e não assumirias loucamente, que já o sabes...
Sempre existe um amanhã em que a vida nos dá outra oportunidade para fazermos as coisas bem, mas pensando que hoje é tudo o que nos resta gostaria de dizer-te o quanto te quero...que nunca te esquecerei...
O amanhã não está assegurado a ninguém, jovens ou velhos...Hoje pode ser a última vez que vejas aqueles que amas...por isso não esperes mais....fá-lo hoje, porque o amanhã pode nunca chegar...Senão lamentarás o dia em que não tiveste tempo para um sorriso, um abraço, um beijo por teres estado muito ocupado para atenderes esse último desejo...
Mantém os que amas junto de ti, diz-lhe ao ouvido o muito que precisa deles, o quanto lhes queres e trata-os bem...aproveita para lhes dizer " perdoa-me ", " por favor ", "obrigado!!!!" e todas as palavras de amor que conheces...
Não serás recordado pelos teus pensamentos secretos...Pede ao Senhor a força e a sabedoria para os expressar...
Demonstra aos teus amigos e seres queridos o quanto são importantes para ti...
O momento é esse..."

" É muito mais fácil perdoarmos alguém que nos tenha causado algum tipo de mal do que nos perdoar pelo mal que causamos a nós mesmos..."


"Faça o que for necessário para ser feliz. Mas não se esqueça que a felicidade é um sentimento simples, você pode encontrá-la e deixá-la ir embora por não perceber sua simplicidade"

Mário Quintana

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Certezas - Mário Quintana



Não quero alguém que morra de amor por mim…
Só preciso de alguém que viva por mim, que queira estar junto de mim, me abraçando.
Não exijo que esse alguém me ame como eu o amo,
quero apenas que me ame, não me importando com que intensidade.
Não tenho a pretensão de que todas as pessoas que gosto, gostem de mim…
Nem que eu faça a falta que elas me fazem, o importante pra mim é saber que eu, em algum momento, fui insubstituível…
E que esse momento será inesquecível..
Só quero que meu sentimento seja valorizado.
Quero sempre poder ter um sorriso estampando em meu rosto, mesmo quando a situação não for muito alegre…
E que esse meu sorriso consiga transmitir paz para os que estiverem ao meu redor.
Quero poder fechar meus olhos e imaginar alguém…
e poder ter a absoluta certeza de que esse alguém também pensa em mim quando fecha os olhos,
que faço falta quando não estou por perto.
Queria ter a certeza de que apesar de minhas renúncias e loucuras,
alguém me valoriza pelo que sou, não pelo que tenho…
Que me veja como um ser humano completo, que abusa demais dos bons
sentimentos que a vida lhe proporciona, que dê valor ao que realmente
importa, que é meu sentimento… e não brinque com ele.
E que esse alguém me peça para que eu nunca mude, para que eu nunca
cresça, para que eu seja sempre eu mesmo.
Não quero brigar com o mundo, mas se um dia isso acontecer, quero ter
forças suficientes para mostrar a ele que o amor existe…
Que ele é superior ao ódio e ao rancor, e que não existe vitória sem humildade e paz.
Quero poder acreditar que mesmo se hoje eu fracassar, amanhã será outro dia,
e se eu não desistir dos meus sonhos e propósitos,
talvez obterei êxito e serei plenamente feliz.
Que eu nunca deixe minha esperança ser abalada por palavras pessimistas…
Que a esperança nunca me pareça um “não” que a gente teima em maquiá-lo de verde e entendê-lo como “sim”.
Quero poder ter a liberdade de dizer o que sinto a uma pessoa, de poder
dizer a alguém o quanto ele é especial e importante pra mim,
sem ter de me preocupar com terceiros…
Sem correr o risco de ferir uma ou mais pessoas com esse sentimento.
Quero, um dia, poder dizer às pessoas que nada foi em vão…
Que o amor existe, que vale a pena se doar às amizades e às pessoas,
que a vida é bela sim, e que eu sempre dei o melhor de mim…
e que valeu a pena...

Mário Quintana

História Sobre Sonhos


Trecho retirado do Livro " O Alquimista"

– Quero lhe contar uma história sobre sonhos – disse o Alquimista.
O rapaz aproximou seu cavalo.
– Na antiga Roma, na época do imperador Tibério, vivia um homem muito bom, que tinha dois filhos: um era militar, e quando entrou para o exército, foi enviado para as mais distantes regiões do Império. O outro filho era poeta, e encantava toda Roma com seus belos versos.
“Certa noite, o velho teve um sonho. Um anjo lhe aparecia para dizer que as palavras de um de seus filhos seriam conhecidas e repetidas no mundo inteiro, por todas as gerações vindouras. O velho homem acordou agradecido e chorando naquela noite, porque a vida era generosa, e havia lhe revelado uma coisa que qualquer pai teria orgulho de saber.
“Pouco tempo depois, o velho morreu ao tentar salvar uma criança que ia ser esmagada pelas rodas de uma carruagem. Como tinha se comportado de maneira correta e justa por toda a sua vida, foi direto para o céu, e encontrou-se com o anjo que havia aparecido em seu sonho.
“– Você foi um homem bom – disse-lhe o anjo. – Viveu sua existência com amor, e morreu com dignidade. Posso realizar agora qualquer desejo que tenha.
“– A vida também foi boa para mim – respondeu o velho. – Quando você apareceu em um sonho, senti que todos os meus esforços estavam justificados. Porque os versos de meu filho ficarão entre os homens pelos séculos vindouros. Nada tenho a pedir para mim; entretanto, todo pai se orgulharia de ver a fama de alguém que ele cuidou quando criança e educou quando jovem. Gostaria de ver, no futuro distante, as palavras do meu filho.
“O anjo tocou no ombro do velho, e os dois foram projetados para um futuro distante. Em volta deles apareceu um lugar imenso, com milhares de pessoas, que falavam numa língua estranha.
“O velho chorou de alegria.
“– Eu sabia que os versos do meu filho poeta eram bons e imortais – disse para o anjo, entre lágrimas. – Gostaria que você me dissesse qual de suas poesias estas pessoas estão repetindo.
“O anjo então se aproximou do velho com carinho, e sentaram-se num dos bancos que havia naquele imenso lugar.
“– Os versos de seu filho poeta foram muito populares em Roma – disse o anjo. – Todos gostavam, e se divertiam com eles. Mas quando o reinado de Tibério acabou, seus versos também foram esquecidos. Estas palavras são de seu filho que entrou para o exército.
“O velho olhou surpreso para o anjo.
“– Seu filho foi servir num lugar distante, e tornou-se centurião. Era também um homem justo e bom. Certa tarde, um dos seus servos ficou doente, e estava para morrer. Seu filho, então, ouviu falar de um rabi que curava os doentes, e andou dias e dias em busca deste homem. Enquanto caminhava, descobriu que o homem que estava procurando era o Filho de Deus. Encontrou outras pessoas que haviam sido curadas por ele, aprendeu seus ensinamentos, e mesmo sendo um centurião romano converteu-se à sua fé. Até que certa manhã chegou perto do Rabi.
“– Contou-lhe que tinha um servo doente. E o Rabi se prontificou a ir até sua casa. Mas o centurião era um homem de fé, e olhando no fundo dos olhos do Rabi, compreendeu que estava mesmo diante do Filho de Deus, quando as pessoas em volta deles se levantaram.
“– Estas são as palavras de seu filho – disse o anjo ao velho . – São as palavras que ele disse ao Rabi naquele momento, e que nunca mais foram esquecidas”. Dizem: “Senhor eu não sou digno que entreis em minha casa, mas dizei uma só palavra e meu servo será salvo”.

O Alquimista - A Lenda de Narciso


"O Alquimista pegou um livro que alguém na caravana tinha trazido. O volume estava sem capa, mas conseguiu identificar o seu autor: Óscar Wilde. Enquanto folheava as suas páginas, encontrou uma história sobre Narciso.
O Alquimista conhecia a lenda de Narciso, um belo rapaz que todos os dias ia contemplar a sua própria beleza num lago. Estava tão fascinado por si mesmo que certo dia caiu dentro do lago e morreu afogado.
No lugar onde caiu, nasceu uma flor, que chamaram de Narciso.
Mas não era assim que Óscar Wilde acabava a história.
Ele dizia que quando Narciso morreu, vieram as Oréiadas – deusas do bosque – e viram o lago transformado, de um lago de água doce, num cântaro de lágrimas salgadas.
- Por que choras? – perguntaram as Oréiades.
- Choro por Narciso – disse o lago.
- Ah, não nos espanta que chores por Narciso – continuaram elas.
- Afinal de contas, apesar de todas nós sempre corrermos atrás dele pelo bosque, tu eras o único que tinha a oportunidade de contemplar a sua beleza.
- Mas Narciso era belo? – perguntou o lago.
- Quem mais que tu poderia saber disso? – respondera, surpresas as Oréiades. – Afinal de contas, era nas tuas margens que ele se debruçava todos os dias.
O lago ficou algum tempo em silêncio. Por fim, disse:
- Eu choro por Narciso, mas nunca tinha percebido que ele era belo.
“Choro por Narciso, porque todas as vezes que ele se debruçava sobre as minhas margens eu podia ver, no fundo dos seus olhos, a minha própria beleza refletida.”"


Trecho retirado do Livro "O Alquimista"...

quarta-feira, 5 de maio de 2010

A Menina e o Pássaro Encantado



Era uma vez uma menina que tinha um pássaro como seu melhor amigo.
Ele era um pássaro diferente de todos os demais: era encantado.
Os pássaros comuns, se a porta da gaiola ficar aberta, vão-se embora para nunca mais voltar. Mas o pássaro da menina voava livre e vinha quando sentia saudades… As suas penas também eram diferentes. Mudavam de cor. Eram sempre pintadas pelas cores dos lugares estranhos e longínquos por onde voava. Certa vez voltou totalmente branco, cauda enorme de plumas fofas como o algodão…
— Menina, eu venho das montanhas frias e cobertas de neve, tudo maravilhosamente branco e puro, brilhando sob a luz da lua, nada se ouvindo a não ser o barulho do vento que faz estalar o gelo que cobre os galhos das árvores. Trouxe, nas minhas penas, um pouco do encanto que vi, como presente para ti…
E, assim, ele começava a cantar as canções e as histórias daquele mundo que a menina nunca vira. Até que ela adormecia, e sonhava que voava nas asas do pássaro.
Outra vez voltou vermelho como o fogo, penacho dourado na cabeça.
— Venho de uma terra queimada pela seca, terra quente e sem água, onde os grandes, os pequenos e os bichos sofrem a tristeza do sol que não se apaga. As minhas penas ficaram como aquele sol, e eu trago as canções tristes daqueles que gostariam de ouvir o barulho das cachoeiras e ver a beleza dos campos verdes.
E de novo começavam as histórias. A menina amava aquele pássaro e podia ouvi-lo sem parar, dia após dia. E o pássaro amava a menina, e por isto voltava sempre.
Mas chegava a hora da tristeza.
— Tenho de ir — dizia.
— Por favor, não vás. Fico tão triste. Terei saudades. E vou chorar…
— E a menina fazia beicinho…
— Eu também terei saudades — dizia o pássaro. — Eu também vou chorar. Mas vou contar-te um segredo: as plantas precisam da água, nós precisamos do ar, os peixes precisam dos rios… E o meu encanto precisa da saudade. É aquela tristeza, na espera do regresso, que faz com que as minhas penas fiquem bonitas. Se eu não for, não haverá saudade. Eu deixarei de ser um pássaro encantado. E tu deixarás de me amar.
Assim, ele partiu. A menina, sozinha, chorava à noite de tristeza, imaginando se o pássaro voltaria. E foi numa dessas noites que ela teve uma ideia malvada: “Se eu o prender numa gaiola, ele nunca mais partirá. Será meu para sempre. Não mais terei saudades. E ficarei feliz…”
Com estes pensamentos, comprou uma linda gaiola, de prata, própria para um pássaro que se ama muito. E ficou à espera. Ele chegou finalmente, maravilhoso nas suas novas cores, com histórias diferentes para contar. Cansado da viagem, adormeceu. Foi então que a menina, cuidadosamente, para que ele não acordasse, o prendeu na gaiola, para que ele nunca mais a abandonasse. E adormeceu feliz.
Acordou de madrugada, com um gemido do pássaro…
— Ah! menina… O que é que fizeste? Quebrou-se o encanto. As minhas penas ficarão feias e eu esquecer-me-ei das histórias… Sem a saudade, o amor ir-se-á embora…
A menina não acreditou. Pensou que ele acabaria por se acostumar. Mas não foi isto que aconteceu. O tempo ia passando, e o pássaro ficando diferente. Caíram as plumas e o penacho. Os vermelhos, os verdes e os azuis das penas transformaram-se num cinzento triste. E veio o silêncio: deixou de cantar.
Também a menina se entristeceu. Não, aquele não era o pássaro que ela amava. E de noite ela chorava, pensando naquilo que havia feito ao seu amigo…
Até que não aguentou mais.
Abriu a porta da gaiola.
— Podes ir, pássaro. Volta quando quiseres…
— Obrigado, menina. Tenho de partir. E preciso de partir para que a saudade chegue e eu tenha vontade de voltar. Longe, na saudade, muitas coisas boas começam a crescer dentro de nós. Sempre que ficares com saudade, eu ficarei mais bonito. Sempre que eu ficar com saudade, tu ficarás mais bonita. E enfeitar-te-ás, para me esperar…
E partiu. Voou que voou, para lugares distantes. A menina contava os dias, e a cada dia que passava a saudade crescia.
— Que bom — pensava ela — o meu pássaro está a ficar encantado de novo…
E ela ia ao guarda-roupa, escolher os vestidos, e penteava os cabelos e colocava uma flor na jarra.
— Nunca se sabe. Pode ser que ele volte hoje…
Sem que ela se apercebesse, o mundo inteiro foi ficando encantado, como o pássaro. Porque ele deveria estar a voar de qualquer lado e de qualquer lado haveria de voltar. Ah!
Mundo maravilhoso, que guarda em algum lugar secreto o pássaro encantado que se ama…
E foi assim que ela, cada noite, ia para a cama, triste de saudade, mas feliz com o pensamento: “Quem sabe se ele voltará amanhã….”
E assim dormia e sonhava com a alegria do reencontro.

Rubem Alves