quarta-feira, 9 de junho de 2010

Para definir basta viver...



Não bastaria que eu apenas definisse o amor,
baseando-me nas poesias lindas que já pertencem à Sociedade dos Poetas Mortos.
Não seria suficiente que eu me utilizasse de todos os meios para discorrer imensidades literárias sobre o amor...
Sem que um dia ele tivesse existido dentro de mim...
Sem que verdadeiramente eu tivesse vibrado frente a uma onda do mar...deixado escorregar por entre os dedos um punhado de areia...
Não teria a menor validade e garantia, se eu tentasse explicar filosófica ou fisicamente os rubores do rosto ou o tremor da voz, a emoção estampada, a sensibilidade aguçada...
Hoje sei que não há como recomendar a ninguém esse remédio que tanto refrigério traz à alma.
Afinal, a cada um ele vem a seu tempo.
Agora, somente posso dizer que vale a pena ficar rouca e tonta de emoção, que é muito bom soltar os sonhos ao ouvir uma canção...
É incrivelmente sublime, lindo e especial ter saudades...
Ter vivido até o fim e ter iniciado de novo...
Ter recomeçado sempre e a cada instante , em nome do amor...
Hoje sei o quanto amei...
E posso garantir que é a melhor causa de uma lágrima que desça pela face...